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• 19 jun 2018

The Carters se colocam como símbolos de poder e história no deslumbrante “Apeshit”

Uma mensagem visual e lírica que você não pode deixar de ver. Enquanto a maioria dos artistas criam toda uma atmosfera de suspense e liberam novas faixas acompanhadas de videoclipes de tempos em tempos, Beyoncé e Jay-Z remam contra a maré. Nos últimos dias, o casal mais badalado do mundo da música estreou não só um vídeo que é uma verdadeira obra prima, como também disponibilizou um álbum completo nas plataformas digitais.

Estamos falando de “Apeshit”, uma das nove composições inéditas do disco “Everything Is Love”, lançado sob o nome “The Carters”. Grande parte da potência do vídeo, filmado no mais importante templo artístico do mundo, o Louvre, vem dos contrastes entre a arte “branca” nas paredes e figuras negras dominando o ambiente. Uma gritante necessidade igualitária.

Assim Childish Gambino, The Carters também propõe uma discussão profunda atrelada a diversos simbolismos. Com ‘Mona Lisa’, o casal quis mostrar que é tão icônico quanto à obra de Da Vinci. ‘Vitória de Samotrácia’ revela o corpo feminino dotado de poder , imitado pelos corpos de Beyoncé e o grupo de dançarinas. E se ‘Vênus de Milo’ redefine o padrão de beleza, ‘Retrato de uma negra’ indica que a mulher negra é digna da presença duradoura  em espaços artísticos. ‘A Coroação de Napoleão’ carrega uma recuperação simbólica do poder roubado, enquanto ‘A Intervenção das Sabinas’ é uma alusão aos atos de violência e expressões de sofrimento do universo feminino.

“Apeshit” celebra o lugar alcançado pelos dois, em termos de sucesso, reconhecimento, poder, dinheiro e luxo. Nada mais justo que um espaço como o Louvre como cenário da produção. O vídeo é um verdadeiro banquete para os olhos, cheio de entrelinhas com ares do cinema europeu. Coisa fina!

A direção é de Ricky Saiz que também dirigiu o vídeo “Yonce” do álbum homônimo de Beyoncé de 2013.

Vale lembrar que essa é a terceira vez consecutiva que Beyoncé promove um lançamento surpresa. O disco vem sendo encarado como o encerramento de uma trilogia sobre a vida conjugal dos Carters, formada por “Lemonade” (2016), “4:44” (2017) e “Everything Is Love” (2018). Fica aqui a deixa para ouvirmos os álbuns em sequência e conferir se os boatos procedem.

Por Jessica Di Risio
Em 19 de junho de 2018